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Cápsulas Habitáveis em Período de Quarentena

Com o desenvolvimento das telecomunicações e nomeadamente com a melhoria de acesso à internet que se adivinha, com a chegada da tecnologia 5G, será possível vivermos no futuro as quarentenas na nossa casa e continuar a trabalhar.

Em 1972, o arquiteto Kurokawa viu o seu projeto concretizado em Tóquio, com a construção de duas enormes colunas de betão preparadas para receber cápsulas habitáveis (torre Nagakin). Inspirado na aventura espacial que estava a suceder, imaginou um futuro diferente que exigiria um modo de habitar também diferente. Criou pequenas unidades de habitação que se assemelhavam a uma estação espacial, com espaço suficiente para se viver e trabalhar.

Inspirados nesta conceção visionária do mundo moderno e sugestionados pelo momento que estamos a viver, propomos 4 unidades de habitação direcionadas à realidade tecnológica atual e futura, com ambientes evoluídos e interativos.

A conceção destes quatro espaços, de aproximadamente 5×4 m cada um, corresponde a uma unidade de habitação, com um outro tipo de conforto e dimensão, de caraterísticas bem diferentes do usual.

Um casal, por exemplo, pode trabalhar a partir de casa e estar em contacto com o Mundo através de um computador com webcam. Deste modo, poderá decorar um espaço com objetos reais e virtuais, imagens projetadas que alteram conforme o desejo do utilizador ou objetos reais extremamente marcantes. Este espaço habitável será, deste modo, uma espécie de microestrutura capaz de proporcionar aos seus utilizadores o desenvolvimento de uma atividade profissional autónoma mas, simultaneamente, interligada com o mundo.

Este novo fenómeno de habitação poderá dar lugar a um estilo de vida completamente diferente, em que os utilizadores podem coabitar com uma nova realidade real e virtual. Objetos, pessoas, cenários verdadeiros e virtuais, num diálogo constante.

No interior de cada célula, serão projetadas imagens que proporcionarão ambientes sempre diferentes, de acordo com as necessidades dos utilizadores e também da personalidade que estes pretendem transmitir. As células serão concebidas para criar imagens que podem ser partilhadas pelas redes sociais como o Instagram, Facebook ou Twitter, criando ambientes virtuais que personificam ou criam uma hipotética personalidade dos utilizadores.

Em período de quarentena e quando estamos a trabalhar a partir de casa fica aqui uma boa sugestão para o futuro da habitação.