TATE MODERN, Londres

A imagem que hoje temos de uma arquitetura funcional, utópica e industrial, fixou populações em regiões, muitas vezes longe da sua origem. O aspeto modesto e ao mesmo tempo monumental destas construções esconde uma perfeita interação com o planeamento e determina as opções infraestruturais locais.

O edifício da Tate Modern, localizado no centro de Londres, ao lado do rio Tamisa junto à catedral St. Paul’s, foi em tempos a “Power Sation” de Londres, projeto de Gilbert Scott’s. Estas construções são geralmente estruturas organizadoras, de um ponto de vista social, inovadoras nos materiais e nos sistemas de construção.

Desde o século dezoito que foram marcos decisivos na revolução técnica e social, na inovação, no design e progresso, na política e na economia. Nenhum outro edifício nos dá uma noção tão clara de modernidade como a Tate Modern, pela sua construção radical, de formas exageradas, que proporcionou a construção deste edifício aparentemente inimaginável.

Mas, com o Séc. XX, estas fábricas para a produção de energia elétrica, transformaram-se num potente ícone arquitetónico. Com a pós-modernidade, as mudanças sociais e económicas, as cidades antigas industriais redefiniram-se, transformando as suas áreas industriais em polos de atração para o ócio, desporto, centro de congressos e lugares para viver.

A galeria Tate Modern instalou-se neste antigo edifício industrial de 1917 e é hoje uma galeria com uma das melhores coleções de arte do Séc. XX. O projeto de reabilitação e ampliação dos arquitetos suíços Herzog & de Mouron, é um projeto extremamente minimalista que acentuou o dramatismo da arquitetura industrial do edifício, adaptou a Central Elétrica a uma nova função, de galeria que promove importantes mostras temporárias de arte moderna contemporânea e que se tornou numa das maiores atrações da cidade de Londres.

A coleção de arte alberga algumas das mais importantes obras de Pablo Picasso, Matisse, Braque, Natalya Goncharova, de Chirico, Francis Bacon, Alexander Calder, Chagall entre muitos outros artistas do século XX.

Texto: Nuno Ladeiro