Casa Trebel
O projeto da moradia Trebel para a Aroeira, a construir num lote de 5.232,00m2, com uma área de implantação de 323,09 m2, 372,21 m2 de área de construção e uma área habitável de 163,11 m², distribuída por 2 pisos a Norte e 1 piso a sul. O espaço arquitetónico será fluido, de modo a permitir aos seus utilizadores um uso orientado para uma utilização interior / exterior.
Serão adotados critérios básicos da arquitetura solar passiva (bioclimática), com o objetivo de se assegurarem espaços interiores (permanência) com elevado conforto térmico e com uma boa insolação através de soluções de desenho, geometria, orientação e construção do edifício, adaptadas às condições climatéricas do local.
Com o objetivo de respeitar e assegurar a manutenção do terreno fomos à procura dos princípios orientadores e reguladores assentes não só na morfologia e tipologia da zona onde se insere, bem como os volumes, cérceas e alinhamentos dominantes.
O primeiro princípio passou invariavelmente pela adaptação do edifício e de todas as estruturas complementares às condições físicas e ambientais do terreno, na perspetiva de que a integração ambiental e paisagística é um imperativo para um projeto sustentável.
A moradia está em perfeita harmonia com o espaço exterior, pelo que terá um arranjo paisagístico que integra superfícies pavimentadas com espécies arbóreas e arbustivas diversificadas maioritariamente mediterrânicas de reduzido consumo de água como o Garrigue, uma formação vegetal constituída por arbustos de pequeno porte e relativamente esparsos. As principais espécies previstas para além das que já existem como o pinheiro são o buxo, carrasco, alecrim, rosmaninho, alfazema e o timo.
A partir de qualquer divisão do piso 1 pode-se aceder ao exterior, nomeadamente a um pátio com uma área pavimentada com 4 canteiros destinados a Oliveiras, a uma área da piscina revestida a pavimento em deck permeável, ao jacuzzi, a um duche exterior e ainda a um espaço de lazer, com um rebaixo no pavimento com cerca de 0,60 m.
O projeto tem uma implantação, de modo a satisfazer os afastamentos legais aos limites do terreno e o alinhamento da fachada principal com as construções dos lotes vizinhos.
Para o acesso à garagem será realizada uma movimentação de terras com especial atenção às caraterísticas naturais do terreno e à modelação necessária para a construção, em que as diferenças de cotas provocadas pela escavação, assegurem, entre a nova plataforma e o terreno natural, um talude ou um plano vertical com muros de suporte que estabeleçam diferenças de cota inferiores a 3 m.
Os interiores estão organizados com uma ampla área social composta pelo hall de entrada e espaço de circulação, com acesso a uma sala comum em plano aberto com a cozinha. Este espaço terá uma pé direito duplo com amplas superfícies envidraçadas de caixilhos deslizantes que permitem usufruir do espaço exterior nos períodos mais quentes do ano.
A partir da cozinha existirá uma ligação a um espaço exterior destinado a barbecue situado no terraço voltado a norte. Sobre o espaço da cozinha estará um mezanino acessível através de uma escada iluminada a partir da sala comum. Este espaço interior terá ligação a uma varanda exterior voltada a nascente/sul.
A master suite da moradia é composta pelo espaço de dormir, uma instalação sanitária e closet. Tem ligação a uma varanda voltada a nascente e Sul enquanto que, as 2 outras suites terão acesso a uma varanda voltada a nascente, sendo que a suite 2, terá também ligação a uma varanda interior sobre a cobertura da instalação sanitária social e voltada para o jardim interior da cave. O pé-direito do piso 2 é de 2,60 m.
Arquitetura: Nuno Ladeiro / Carmo Branco
Colaboração (Arquitetura): Bárbara Raimundo
Maquetes tridimensionais: Jacopo Barelli
Design 3D: Pedro Fernandes